Brasileiro adora pizza e uma prova disso é que por dia são produzidas cerca de 1 milhão delas no país. Apesar disso, as mais famosas são as feitas na Itália, com um destaque para a pizza de Napoli.

É bem raro encontrar alguém que nunca ouviu falar sobre a pizza Napolitana. Ela ficou famosa por seu sabor único e maneira de comer. Nada de usar garfo e faca para apreciá-la, o jeito certo é comer com as mãos.

Como começou essa tradição? Entenda um pouco da história dela e não cometa mais erros na hora da refeição.

A história da pizza de Napoli

A pizza de Napoli inicialmente não era como hoje. Uma curiosidade interessante é que estudos mostram que a pizza surgiu há mais de 6 mil anos, com o povo egípcio. Eles faziam uma receita de farinha com água. Já os gregos, um tempo depois, cozinhavam essa massa e a assavam em tijolos quentes.

Ao chegar à Itália, a pizza ganhou uma cara nova. Em Nápoles, foi acrescentado o tomate, ainda pouco conhecido na Europa na época. E depois, outros ingredientes, como o alho.

Em 1700 essa receita começou a ser vendida pelas ruas, porém, era consumida com as mãos e em qualquer lugar – era a comida da classe mais pobre da região. Somente em 1830 foi servida à mesa, o que fez com que se tornasse a primeira pizza oficial do mundo e o berço da “verdadeira pizza”.

Pizza Margherita

Com o tempo, ela foi se aprimorando e tomando novas formas. A primeira pizza redonda foi criada pelo comerciante Raffaele Esposito, em 1889, em Nápoles. E ele foi ganhando notoriedade pela qualidade da pizza que preparava.

Não demorou para chegar aos ouvidos do rei Umberto I e, em uma viagem à cidade, pediu para que Raffaele preparasse algo especial para a rainha, Margherita de Savóia. Querendo agradar a realeza, o comerciante cobriu a massa da pizza com as cores da bandeira italiana, usando tomate, queijo e manjericão como ingredientes.

Para homenagear a rainha, deu ao sabor o nome de Margherita. E foi um sucesso! Ela amou a criação.

Evolução da pizza

Com o passar dos anos, foram criados novos sabores de pizza, porém, os pizzaiolos de Nápoles passavam a receita original de geração em geração. Para que a versão oficial não ficasse esquecida, em 1984, foi criada a Associazione Verace Pizza Napoletana (Associação da autêntica pizza napolitana), responsável por certificar pizzarias do mundo todo que seguem o modo tradicional de preparo.

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Para receber o certificado é preciso seguir algumas regras: ter no máximo 15 cm de diâmetro, borda entre 1 e 2 cm, fofa e aerada, o molho deve ser de tomate pelado amassado à mão, a base deve ter no máximo 4 mm, a massa deve fermentar por 8 horas, ser aberta à mão, elástica e macia. O queijo só pode ser de muçarela de búfala ou flor di latte.

Na hora de assar também existe uma regra, ela não deve ficar mais do que 90 segundos no forno, que deve estar com a temperatura em torno de 485°C. Não se pode negar que a pizza de Napoli ganhou sua importância e regras. Em 2017, ela foi declarada patrimônio imaterial da humanidade.

Como comer a pizza de Napoli?

Apesar de nas pizzarias as pessoas comerem a pizza com o garfo e faca, as que possuem certificado da pizza de Napoli original não recomendam isso. Se for para a Itália, também perceberá que por lá ela não é consumida dessa maneira.

Por ser uma refeição individual e ter a massa um pouco mais firme, ela segue as tradições sendo servida para se comer com as mãos. Apenas um papel ou prato de papelão bastam para que seja consumida e, enquanto alguns preferem mordiscar os pedaços, outros optam por dobrá-la ao meio e dar mordidas maiores.

Foi dessa maneira que a pizza Napolitana começou a ser consumida e, para que sua história não fosse perdida, o modo de comer foi preservado.

Por mais que prefira comer pizza com talheres, quando provar a pizza original de Napoli faça isso com as mãos. Você vai ver que a escolha não foi em vão, ela parece ficar muito mais apetitosa.

Ficou com água na boca? Que tal passar na Rosso pizza e provar a pizza de Napoli como a receita manda?